Saúdo os imortais
Saúdo os imortais. Observo-os enquanto vagueiam pelos becos e avenidas da sua própria insanidade. Contorcem-se e movem-se alegremente. Observo-os e julgo-os do cimo do meu trono. O breu que cobre os tortuosos caminhos da mente não é suficiente para os fazer desaparecer. Novas descobertas são feitas, novos feitos são revelados. "Parar é morrer", diziam eles. Mas morrer será sempre uma opção...
Acredito na cegueira. Acredito no novo método para amar sem amanhã. Acredito num mundo onde nada é credível, onde os sentimentos palpitam sem dono ou convicção. Sereno, cegado pela ignorância. Escondendo movimentos bruscos em jaulas de quatro paredes. Sereias sedentas, anjos caídos em desgraça. Tão sinistro, tão limitado. Tão decadentemente moderno.
Que pecado tão assustadoramente real. Escolher um caminho nem sempre é fácil. Ser levado por outro é ainda pior. Ébrio ou sóbrio? Em nenhum momento encontramos resposta. Só uma acumulação eterna de dúvidas que teimam em não deixar de nos seguir. Bebamos para festejar o regresso da consciência. E deixemo-nos acordar de uma ressaca de sentimentos alheios. Esqueçamos que estamos vivos. Esqueçamos o nosso nome. Esqueçamos os inocentes sorrisos. Num mundo que se contorce. Num mundo que não dorme.
E com ele me deito. Deixo-me guiar pelo espírito inerte de uma morada em ruínas. Sigo a luz salvadora de uma chama que me aprisiona. E sinto-me cada vez mais longe. Longe do tempo, de um tempo que nunca chegou a ser meu. Sinto-me desvanecer, perecer numa praia de ondas perdidas. Imortal? Nunca um conceito chegou a ser tão pérfido, tão banal. E agora deixem-me dormir. Esqueçam o sonho em que mergulhei e do qual não penso acordar. Quero ficar aqui, e só aqui me podem encontrar. Mas não procurem. Estou ausente, coberto pelo brilho deste intenso luar.
Esqueçamos o nosso destino. Esqueçamos os imortais. Esqueçamos a sua história. Esqueçamos que, apesar de tudo, somos simples e puros animais...
Acredito na cegueira. Acredito no novo método para amar sem amanhã. Acredito num mundo onde nada é credível, onde os sentimentos palpitam sem dono ou convicção. Sereno, cegado pela ignorância. Escondendo movimentos bruscos em jaulas de quatro paredes. Sereias sedentas, anjos caídos em desgraça. Tão sinistro, tão limitado. Tão decadentemente moderno.
Que pecado tão assustadoramente real. Escolher um caminho nem sempre é fácil. Ser levado por outro é ainda pior. Ébrio ou sóbrio? Em nenhum momento encontramos resposta. Só uma acumulação eterna de dúvidas que teimam em não deixar de nos seguir. Bebamos para festejar o regresso da consciência. E deixemo-nos acordar de uma ressaca de sentimentos alheios. Esqueçamos que estamos vivos. Esqueçamos o nosso nome. Esqueçamos os inocentes sorrisos. Num mundo que se contorce. Num mundo que não dorme.
E com ele me deito. Deixo-me guiar pelo espírito inerte de uma morada em ruínas. Sigo a luz salvadora de uma chama que me aprisiona. E sinto-me cada vez mais longe. Longe do tempo, de um tempo que nunca chegou a ser meu. Sinto-me desvanecer, perecer numa praia de ondas perdidas. Imortal? Nunca um conceito chegou a ser tão pérfido, tão banal. E agora deixem-me dormir. Esqueçam o sonho em que mergulhei e do qual não penso acordar. Quero ficar aqui, e só aqui me podem encontrar. Mas não procurem. Estou ausente, coberto pelo brilho deste intenso luar.
Esqueçamos o nosso destino. Esqueçamos os imortais. Esqueçamos a sua história. Esqueçamos que, apesar de tudo, somos simples e puros animais...
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