sábado, junho 11, 2005

Sentes?

Observo-te ao longe como se nada fosse. Descubro em ti novas formas de olhar. De olhar o mundo, a vida, tudo o que nos rodeia. Sinto-me nascer de novo. Um navio que parte mas já ansiando regressar.

Bebo as tuas palavras em cálice de prata. Qual fénix renascida das cinzas do amor? Agora tudo é belo, sereno e doce. E mesmo que não fosse. Já não sinto amargura, pesar ou dor.

Porque choro então em dias dourados? Porque cobrem as lágrimas tão abundantemente o meu rosto? Como um mendigo que encontra um tesouro, eu encontrei-te a ti. E agora choro de felicidade, ansiando apenas conhecer a tua pele, a tua alma, o teu gosto.

Olha-me nos olhos. Consegues avistar o céu onde me encontro? Voando por entre cores e sonhos de menino perdido. Procurando em ti o calor acolhedor de um sorriso. Desejo possuir esta esmeralda. Levá-la ao fim do mundo, à lua e ao paraíso.

Quero voar com os pássaros, por entre vales e montanhas. Percorrer rios e oceanos. Ser maior do que a vida. Fazer estragos e planos. Levar-te para bem longe, onde ninguém nos possa encontrar. Abraçar-te em secreto leito. Onde a dúvida e o medo não consigam nunca entrar. És a minha luz, a minha bússola. A praia onde desejo naufragar.

(...)

(Falta um final... Tenta acabá-lo)