terça-feira, maio 01, 2007

The Loneliest Day




Que dia é hoje?
Quantos dias foram até ser hoje?
E quantos mais serão até hoje deixar de ser?
O dia em que partes ou apenas mais um em que não existes?
O dia em que sobram e se acumulam sorrisos tristes?
Rodeado de uma paz intranquila
Uma paz desordenada
Não
Não existe paz neste dia
E depois de hoje mais nada
Mas afinal, que dia é hoje?

Hoje a dor não tem cor
Não tem alma, cheiro nem sabor
Hoje há uma voz que me acalma
Me envolve, me encanta, me devolve a mim
E me adormece enquanto me fala de Amor
Até que hoje o dia amanheça de novo
Como se o fizesse todos os dias
Mais uma vez, e outra, por favor
E hoje?
Mas afinal, que dia é hoje?

Hoje não sei, não sou, não sinto
Não faço ideia, não posso
Não minto
Sou eu que baralho os sinais que nascem da raíz do tempo
Porque hoje não há santo que me valha
Portanto
Hoje morremos juntos mais um pouco
Não
Hoje não
Hoje o tempo não morre, não desiste
Mas afinal, que dia é hoje?
Hoje é apenas mais um dia
O dia que não existe