segunda-feira, outubro 31, 2005

Ainda há esperança



Segundo notícia avançada hoje pelo Portugal Diário, Bill Gates, patrão da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo, vai doar 200 milhões de euros (através da Fundação Bill e Melinda Gates) para o combate à malária, uma das mais comuns e mortais doenças em África.
"É uma tragédia que o mundo tenha feito tão pouco para travar esta doença que mata 2.000 crianças africanas por dia", afirmou Gates. "Se estas crianças vivessem em países desenvolvidos, haveria manchetes, haveria acção", criticou, prometendo: "Não pararemos até que cada criança seja protegida".

A soma doada pela Fundação está dividida em três partes: 107 milhões de dólares (cerca de 89 milhões de euros) para a Iniciativa para a Vacina da Malária (MVI), que trabalhará nos testes da vacina.
Mais 100 milhões de dólares (83 milhões de euros) para a Medicines for Malaria Venture (MMV), que trabalhará junto dos sectores privado e público para acelerar o desenvolvimento de várias substâncias químicas promissoras.
E, finalmente, 50 milhões de dólares (41 milhões de euros) destinados à Escola de Medicina Tropical de Liverpool (LTSM), que desenvolverá novas substâncias químicas para proteger a população contra esta doença.

É sempre bom saber que o coração do homem mais poderoso do mundo não é feito de chips ou cabos eléctricos e que o nosso dinheiro, por vezes, é usado para causas nobres.
Quanto a mim, vou só ali comprar cinco ou seis programas da Microsoft e já volto.

P.S.- Enquanto lia este post 14 crianças africanas morreram devido a doenças controladas nos países desenvolvidos e a pobreza extrema...

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quarta-feira, outubro 26, 2005

Songs for Eternity - IV



He deals the cards as a meditation. And those he plays never suspect. He doesn’t play for the money he wins. He doesn’t play for the respect.
He deals the cards to find the answer. The sacred geometry of chance. The hidden law of probable outcome. The numbers lead a dance

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that’s not the shape of my heart

He may play the jack of diamonds. He may lay the queen of spades. He may conceal a king in his hand. While the memory of it fades

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that’s not the shape of my heart
That’s not the shape, the shape of my heart

And if I told you that I loved you. You’d maybe think there’s something wrong. I’m not a man of too many faces. The mask I wear is one
Those who speak know nothing. And find out to their cost. Like those who curse their luck in too many places. And those who smile are lost

I know that the spades are the swords of a soldier
I know that the clubs are weapons of war
I know that diamonds mean money for this art
But that’s not the shape of my heart
That’s not the shape of my heart

Título: Shape of my Heart
Intérprete: Sting
Álbum: Ten Summoner's Tales (1993)

Esta até podia ser dedicada aos nossos jogos de cartas, que se estão a tornar cada vez menos frequentes (sabe-se lá porquê...). Mas por acaso não é...

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domingo, outubro 16, 2005

Sempre o olhar, nunca a palavra



Olha para o céu apenas por um segundo antes do teu último suspiro. Lembra-te que será a última oportunidade que terás para o fazer. Porque há coisas invisíveis a olho nu. Que só valem a pena quando não são olhadas directamente. E que resistem a qualquer suspiro mais afoito que chega sem saber de onde vem e parte sem saber para onde vai.

Eu já fui um homem do espaço. Já fui uma velha estrela de rock viciada em crack e heroína. E um palhaço sem nariz rubro, rindo da própria tristeza e deixando uma lágrima feroz levar para sempre a palidez da minha condição. E tu por onde andavas? Em que estradas lançavas o pó que adormecia as crianças? Que mentiras espalhavas ao vento e quantas pétalas de rosa lançavas a teus pés?

Quando te tornaste tão subserviente? Quando deixaste de ver a vida através dos teus próprios olhos? Que coleira é essa que ostentas com orgulho? Gostas de ver o mundo a meio corpo? Ou as forças abandonaram-te tão cedo e a tua voz recusa-se a questionar a legitimidade da loucura que testemunhas? A culpa não é tua. As opções que tomas guiarão para sempre o rumo que segue a tua vida. As conversas paralelas serão sempre meros adereços e os sentimentos surgirão da neblina matinal como promessas de salvação eterna, embora partindo tão céleres quanto a luz do sol, deixando a saudade própria que nasce do brilho das velas.

Não te pedi que me olhasses. O meu corpo não merecia a tua contemplação. Não pedi que me amasses. E as palavras doces deixaram de habitar o meu coração. O coração forjado de um metal duro e frio que o impede de bater. O ouro que agora derrete tristemente plantado em minha mão. Não te quero. Deixei de ser um porto de passagem para um qualquer pirata de olhos doces e humores de Inverno. Não te espero. Da água que corre em cada pranto faço a minha força e dos séculos que passam a certeza que uma andorinha não faz a Primavera nem uma noite o amor eterno.

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quinta-feira, outubro 13, 2005

Songs for Eternity - III



So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
No nothing else matters

Título: Nothing Else Matters
Intérprete: Metallica
Álbum: Black Album (1991) / S&M (1999)

Alguém me disse, há muito tempo, que as melhores baladas eram feitas por bandas Heavy Metal. Na altura não acreditei, mas também não demorei muito tempo a dar o braço a torcer. Sem dúvida absolutamente nenhuma uma das minhas canções favoritas. Óptima para lembrar que há amigos que nunca o foram, mas que o tempo tratará de corrigir os erros... E ainda por cima com aquela mensagem que toda a gente deveria apreender: confia em ti e sê tu próprio. E nada mais importa...

quarta-feira, outubro 05, 2005

Songs for Eternity - II



Às vezes, no silêncio da noite. Eu fico imaginando nós dois. Eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois. Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono. É que um carinho às vezes cai bem. Eu tenho meus segredos e planos secretos. Só abro pra você mais ninguém. Por que você me esquece e some? E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida. Fala que me ama, só que é da boca pra fora. Ou você me engana. Ou não está madura
Onde está você agora?

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida. Fala que me ama, só que é da boca pra fora. Ou você me engana. Ou não está madura
Onde está você agora?

Nome: "Sozinho"
Intérprete: Caetano Veloso
Álbum: Prenda Minha

Para "alguém" que esta semana fez a coisa mais bonita que alguma vez fizeram por mim.
Nunca me vou esquecer...
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terça-feira, outubro 04, 2005

(Aspectos Novos Ávidos) Milagre Ansiado Resgata Toda Alegria



Aspectos, segredos e artefactos. Queria preencher esta página com o teu sorriso. Pintá-la de branco encenado. Mas de um branco diferente. Um branco sem sabor a fado. Devo-te uma explicação, uma trova, uma canção. Mas não agora. Só quando a fonte das palavras secar. Só quando a ira da chuva desabar lá fora. E um poema sair da tua boca pedindo-me para ficar.

Tu dormias em casas de papel, enquanto eu procurava as estrelas nos meus olhos. Eu caminhava por entre estátuas de mármore e tu rasgavas a tua saia de folhos. Até que um dia. Num belo dia sem nada para fazer. As pérolas caíram do céu, as pérolas que tentavas esconder. E eu pasmado olhei as nuvens como se as olhasse pela primeira vez. Não sabia o que dizer. Por isso beijei-te e assim espantei a timidez.

Minha vitória serão cinco longos dias de moleza e sofreguidão. Os dois que restarem apenas irão servir para voltar a segurar a tua mão. Ao canto um tinteiro, uma cómoda e um candeeiro. Ao centro uma cama, um sonho e a chama. No ar que nos comove um sopro sincero que ainda perdura. E na tinta das paredes as sombras flamejantes de uma alma bela e pura.

Ri alegremente de cada vez que a manhã chegar. E chora compulsivamente sempre que o nosso barco naufragar. És a deusa da guerra e do amor que apenas se atreve a mostrar em palco. O palco da tua vida que eu agora piso. Espanta todas as lágrimas que ainda possas guardar porque para elas não há lugar lá no alto, lá longe no nosso paraíso.


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