segunda-feira, junho 27, 2005

Final post

E pronto. Acabaram-se os motivos para continuar a escrever. Alguma coisa mudou. Não sei o quê. Mas a verdade seja dita, também nunca escrevi grande coisa. See u all. In some other time. In some other place. Where love is not a crime. Cause I'm going home. And I'm never turning back.

And love is not the easy thing
The only baggage you can bring...
And love is not the easy thing...
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind

And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh no, be strong

Walk on, walk on
What you got they can’t steal it
No they can’t even feel it
Walk on, walk on...
Stay safe tonight

You're packing a suitcase for a place none of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom

Walk on, walk on
What you've got they can't deny it
Can’t sell it, can’t buy it
Walk on, walk on
Stay safe tonight

And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on

Home... hard to know what it is if you’ve never had one
Home... I can’t say where it is but I know I'm going home
That's where the hurt is

Leave it behind
You've got to leave it behind
All that you fashion
All that you make
All that you build
All that you break
All that you measure
All that you steal
All this you can leave behind
All that you reason
All that you sense
All that you speak
All you dress up
All that you scheme...

("Walk On" - U2)

sexta-feira, junho 24, 2005

Despedidas...

Quatro anos... Tanto tempo e ao mesmo tempo, tempo nenhum. Tantas recordações, tantos bons momentos, outros nem tanto... Tantas coisas que aconteceram e outras que não tiveram tempo para existir.

Agora que o meu tempo está a acabar é altura de fazer um balanço: amo ljcc!! Mesmo que muitas coisas não me agradem, mesmo que não concorde com muitas delas, é difícil esquecer a minha segunda casa nestes últimos quatro anos e todas as pessoas que fizeram desta minha curta passagem por lá uma experiência para recordar eternamente. É difícil ter a certeza, mas penso que muitas delas continuarão a fazer parte da minha vida para sempre. Se quiserem claro... O meu coração está sempre aberto, embora por vezes não pareça...

Assim, só me resta enumerar todos aqueles aos quais reservo um lugar no meu coração, mesmo que não tenha lugar no deles, e agradecer-lhes por tudo o que me proporcionaram, não só de bom mas também de mau, uma vez que é com as experiências menos positivas que mais se aprende.

Claro que uns foram mais especiais que outros, por este ou por aquele motivo, mas todos, cada qual à sua maneira tiveram o dom de me marcar e não serão nunca esquecidos. E mesmo que, no futuro, o nosso contacto não seja tão frequente como eu desejaria, podem ter a certeza de que se alguma vez precisarem de alguma coisa podem sempre contar comigo.

Obrigado:

André, Milene Marques, Milene Câmara, Mariana Santos, Letícia, Diana Fontes, Hugo (Relações), Miguel Coutinho, Carlos Ramalhão, Anabela, Andreia, Agostinha, João, Gonzaga, Rios, Candeias, Cátia, Diana Neves, Carina, Luísa, sr. Coelho, sr. Loureiro, Zamith, Hélder Bastos, Neto da Silva, Luís Santos, Richard Zimler, Catherine Shaw, Milan Rados, Pedro Costa, Vítor Almeida, Ricardo, Liliana, João Abrunhosa, Carlos Romão, Diana, Maria, Nuno, Emanuel (Manú), Maxmen, Nelvino, Brasil, Ana Sofia, Tiago, Marta, Martinha, Teté, Carina Branco, Cláudia (mana), Sara (prima), Jessica, Cíntia, Sandra, Mário (Hélice), Tânia, André (Cuco), Luís, Vânia, Mariana, Clara, Sara, Cris, Espadaneira, Pedro

Espero não me ter esquecido de ninguém. Se sim reclamem que eu acrescento-vos ;) Para mim isto não é um “adeus”, é um “vou conhecer o mundo, volto já, e entretanto não se esqueçam de mim que eu também não me esqueço de vocês”. Estarão sempre no meu pensamento.

P.S. – Não se esqueçam de ler o Público todos os dias. Eu sei onde vocês moram ;)

Tu

De pernas para o ar. Já perdi a conta ao número de ocasiões que fingimos não nos conhecer e já não sei em quantas mais teremos de o fazer. E em nome de quê? De um sentimento desfasado? De um presente que tarda em se fazer memória? De uma lenta e cruel incerteza que nos persegue e de um beijo que nunca será imortalizado na história?

Para ti não tem importância. Para mim faz toda a diferença. Já não importa os caminhos que percorres porque eu já não te posso seguir. Já não importa o que sentes porque eu já não te posso ver sorrir. Porque tu és o vento que sopra demasiado depressa. Porque tu amas alguém distante que um dia te deixou uma promessa. Porque eu não sei que nome dar a esta lágrima. Porque eu não sei se queres que vire esta página.

Procuro por ti ao canto de um verso tentando encontrar o nome gravado no teu peito em letras de fogo. Procuro por ti, mas a tua alma é livre voando, bem alto num céu onde eu nunca consegui chegar. E não há olhares, palavras ou sorrisos que ela pretenda desperdiçar. Já não importa para onde vais porque eu nunca lá estarei. Nunca mo pediste... Já não importa porquê; tenho a certeza de que nunca chorarás por mim.

Talvez nunca percebas que é para ti escrevo. Talvez nunca te libertes do mar que te aprisiona. Adorei ter-te conhecido, mas lamento o facto de nunca te ter tido. Em meus braços, em meu corpo, em minha boca. Espero que guardes o meu nome para que da próxima vez não sejamos forçados a usar de novo a palavra “silêncio”. E dessa próxima vez volto para te buscar...

segunda-feira, junho 20, 2005

Eu acredito num mundo melhor

Eu acredito na força de vontade dos Homens e na sua capacidade de superar obstáculos. Mesmo que as barreiras que encontram, por vezes, pareçam intransponíveis, mesmo que as muralhas com que se deparam, por vezes, se mostrem inexpugnáveis. Acredito que o mundo pode ser colorido, mesmo que, por vezes, as cores do arco-íris pareçam tentadas a ceder à ditadura do cinzento, e que a noite, por vezes, ameace tomar o lugar que é do dia por direito.

Acredito que a justiça dos homens se pode misturar com a justiça divina e que a tolerância e compreensão que são, afinal, os pilares de qualquer sociedade civilizada, se mostrem, se revelem em cada momento de necessidade, em cada momento em que a xenofobia e a intolerância mostrem a sua face.

Eu acredito que a indiferença é apenas uma manifestação agressiva da timidez, e que o tempo que não passamos juntos será apenas uma má recordação que esqueceremos quando abraçados virmos o sol descer a colina e a lua for chamada a reinar lá no alto abençoando a nossa união. Acredito num jardim distante onde as flores riem viçosas e nunca murcham, onde os pássaros voam livres cientes da sua importância para a nossa causa, onde o verde cobre toda a paisagem que nos rodeia, até onde o olhar é capaz de alcançar.

Acredito num local belo e harmonioso onde os nossos filhos possam brincar e crescer sem riscos ou ameaças. Onde os olhares de que serão alvo não serão mais do que demonstrações de ternura e compreensão, onde os cavalos correrão livres desafiando o tempo e a lógica. Onde as maçãs que colheremos serão pensamentos vastos que saciarão a nossa fome de vida e onde as fontes jorrarão nada mais do que a água cristalina que justifica e sustenta a nossa respiração.

Eu acredito que as diferenças que nos separam não serão mais do que tema de meras conversas de café que se esfumarão num abraço fraterno, de aceitação mútua e de confiança que tudo o que nos separa é, afinal, aquilo que nos une. Acredito que as dúvidas e medos tomarão, enfim, o comboio sem volta para a terra do esquecimento e que a confiança tomará o seu lugar como mais alto regente de uma nação que espera ainda o seu D. Sebastião.

Acredito que todos aqueles que nos ameaçam, torturam, afrontam serão um dia perdoados e chamados ao caminho da luz, o qual percorreremos de mãos dadas em estreita comunhão, banindo para sempre a desconfiança e o ódio dos nosso corações e tornando-nos dignos herdeiros de um mundo que um dia nos foi entregue, mas do qual não soubemos cuidar.

Eu acredito em nós, num mundo melhor, num futuro risonho. Acredito que seremos capazes de o construir se pararmos de pensar apenas em nós, nos nosso pequenos problemas, no nosso mundo egocêntrico. Basta uma palavra, um olhar, um sorriso...




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sábado, junho 18, 2005

Sorry mama...



Mama, she has taught me well
Told me when I was young
"Son, your life's an open book
Don't close it before it’s done"
"The brightest flame burns quickest"
That's what I heard her say
A son's heart's owned to mother
But I must find my way

“Rebel” my new last name
Wild blood in my veins
Apron strings around my neck
The mark that still remains
Left home at an early age
Of what I heard was wrong
I never asked forgiveness
But what I said is done

Let my heart go
Let your son grow
Mama, let my heart go
Let this heart be still

Never I ask of you
But never I gave
But you gave me your emptiness I now take to my grave
So let this heart be still

Mama, now I'm coming home
I'm not all you wished of me
But a mother's love for her son
Unspoken, help me be
I took your love for granted
And all the things you said to me
I need your arms to welcome me
But a cold stone's all I see

("Mama Said" - Hetfield/Ulrich)

Sorry mama, but I have to be myself

For better and for worst...

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sexta-feira, junho 17, 2005

Arrastão dá prejuízo

O Arrastão de Carcavelos, que foi já considerado o maior flop desde Santana Lopes, não se voltará a repetir. A organização desmarcou ainda os arrastões que tinha agendados para Albufeira, Rocha e Praia dos Tomates, por falta de viabilidade económica.

Segundo Casimiro Monteiro presidente da "Arrastões da Cova da Moura, SA", houve um erro no cálculo do défice, que levou a organização a criar expectativas que depois saíram goradas. Em Carcavelos, a operação terá dado mesmo prejuízo, uma vez que não pagou sequer o passe aos participantes, que além de tudo, ficaram sem almoçar.

"Para a quantidade de lixo que limpámos da praia, mais valia termos levado um ancinho", confidenciou-nos Casimiro Monteiro, visivelmente preocupado com a possibilidade da não realização, em Portugal, de mais iniciativas deste género.

Ainda se terá alvitrado a possibilidade da deslocalização para regiões onde o lucro fosse mais garantido e o capital de risco menor como Vilamoura, Praia del Rey ou Vale de Lobo, mas depressa se concluiu que quem tem realmente dinheiro está em Cuba ou nas Maldivas e que os portugueses,aparentemente endinheirados, que frequentam estes locais "in", não passam de uns esfomeados que "a única coisa que largam nas praias é beatas e mijadelas no mar".

Assim, faz-se saber a todos os interessados, que o próximo arrastão terá lugar na praia do Martinez em Cannes no dia 17, Mónaco-Sul no dia 18 e Saint-Tropez no Domingo 19. Apareçam.

("Patrocinado" por Carlos Romão) ;)

quinta-feira, junho 16, 2005

Heróis do Bar

Ora aí está o novo hino de Portugal, muito mais moderno e adequado aos nossos tempos, escrito por mim e pelo grande letrista internacional, Bacalhau:

Heróis do bar
Nobre Porto
Ressaca imensa
E descomunal

Curai hoje de novo
Que amanhã
Há arraial
Entre os copos da Vitória

Ó barman
Sente-se a cor
Deste belo licor
Que há-de levar-te até casa

Ás tascas!!!
Ás tascas!!!
Sobre a ribeira e junto ao mar

Ás tascas!!!
Ás tascas!!!
Pela puta lutar
Contra a cirrose marchar, marchar!!!

quarta-feira, junho 15, 2005

Hoje vi uma estrela



Hoje vi uma estrela cadente. Pequenina, mas ainda tão brilhante e cheia de fulgor. Parecia dirigir-se para mim procurando com quem conversar.

- Estrelinha, porque foges tu da companhia das tuas irmãs?
- Não fujo de nada nem de ninguém. Apenas te vi à janela, tão triste e pensativo que decidi vir fazer-te companhia.
- Oh...obrigada. Mas acho que nem a tua presença me poderia fazer sentir melhor...
- Não digas isso. Não sabes que todos os aqueles que me conseguem avistar têm direito a um desejo. Diz-me qual é o teu e será concedido.

Depois disse-lhe o teu nome, umas palavras ininteligíveis e ela sorriu.

-Não te preocupes. O teu desejo tornar-se-à realidade. Hoje encontrei uma menina triste e pensativa que estava à janela. Tal como tu. Ela disse-me o teu nome e as mesmas palavras que acabaste de murmurar.

E assim partiu a estrela rumo ao desconhecido.
E eu nunca mais tornei a vê-la...

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terça-feira, junho 14, 2005

Eterna liberdade



Não ouço a tua voz. Não compreendo o que diz. Sou um estranho em terra estranha. Desterrado pela pátria que não me reconhece. Não compreendo porque brilham as estrelas. Não conheço a língua dos pássaros. Não sei o que faço. Não sei porque minto. Fui eu que nasci em quente tarde de Outono? Ou apenas um sonho fugaz de quem não sabe porque sonha?

Não aceito o meu caminho. Não aceito o perfume da rosa que me é oferecida. Nunca aprendi a amar a sua doçura nem ela alguma vez mo pediu. Pertenço a um mundo diferente. Um mundo onde as rosas não florescem. Um mundo onde as estrelas se recusam a brilhar. Um mundo onde os barcos naufragam. Um mundo ao qual não quero regressar.

Não ouço o bater do coração. Um coração sem voz, rendido às evidências de um futuro perdido. Os mil pedaços em que se quebrou não sentem nada mais que a suave melodia que ecoa do silêncio. O silêncio que me aprisiona, tortura, deforma. E me diz que os olhos que tanto amo um dia deixarão de me seguir.

Atrevo-me a falhar. A sugar cada minuto que se escoa por entre as malhas do tempo. Um tempo onde te encontrei perdida. Um tempo onde os lobos se esqueceram de uivar. Um tempo onde um dia fui menino criando hinos ao amor e à vida. Um tempo em que pensei que o futuro nunca deixaria de me amar.

E agora que os anjos partiram? E agora que a terra reclama os seus filhos? E agora que o fogo crepita num espiral de amores perdidos? E agora que a hipocrisia me cerca, me fustiga e me faz recordar tempos que julgava esquecidos? E agora que nenhuma recordação se mostra capaz de tomar o teu lugar?

Agora deixo a luz acesa para que possas encontrar o caminho de volta. Agora espero o momento em que todas as cores te sejam estranhas. Agora conto todos os lentos segundos até que o relógio indique a hora de te poder abraçar novamente. Agora todos os fantasmas descansam. Agora a saudade é apenas uma palavra entre outras que ninguém entende.

Eu sou o rosto por detrás da lágrima. Sou o tempo ébrio que morre devagar. Sou a sombra atrevida que foge da luz. Sou a lembrança eterna de um qualquer sorriso milenar. Eu sou a ponte que liga as margens do rio saudade. Sou o sol nascido em fria manhã de Inverno. Sou a noite caída em tempo de guerra.E o anjo arrependido preso entre o céu e o inferno.


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segunda-feira, junho 13, 2005

Pouco para dizer...

Não me apetece escrever... E ultimamente também não tem saído grande coisa... Por isso deixo os outros falarem por mim desta vez:



My eyes seek reality
My fingers seek my veins
There’s a dog at your back step
He must come in from the rain
I fall ’cause I let go
The net below has rot away

The trash fire is warm
But nowhere safe from the storm
And I can’t bear to see
What I’ve let me be
So wicked and worn
So as I write to you
Of what is done and to do
Maybe you’ll understand
And won’t cry for this man
’cause low man is due

Please forgive me

And I cry to the alleyway
Confess all to the rain
But I lie straight to the mirror
The one I’ve broken to match my face

So low the sky is all I see
All I want from you is forgive me
So you bring this poor dog in from the rain
Though he just wants right back out again


("Low Man's Lyrics" - Hetfield/Ulrich)

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sábado, junho 11, 2005

Sentes?

Observo-te ao longe como se nada fosse. Descubro em ti novas formas de olhar. De olhar o mundo, a vida, tudo o que nos rodeia. Sinto-me nascer de novo. Um navio que parte mas já ansiando regressar.

Bebo as tuas palavras em cálice de prata. Qual fénix renascida das cinzas do amor? Agora tudo é belo, sereno e doce. E mesmo que não fosse. Já não sinto amargura, pesar ou dor.

Porque choro então em dias dourados? Porque cobrem as lágrimas tão abundantemente o meu rosto? Como um mendigo que encontra um tesouro, eu encontrei-te a ti. E agora choro de felicidade, ansiando apenas conhecer a tua pele, a tua alma, o teu gosto.

Olha-me nos olhos. Consegues avistar o céu onde me encontro? Voando por entre cores e sonhos de menino perdido. Procurando em ti o calor acolhedor de um sorriso. Desejo possuir esta esmeralda. Levá-la ao fim do mundo, à lua e ao paraíso.

Quero voar com os pássaros, por entre vales e montanhas. Percorrer rios e oceanos. Ser maior do que a vida. Fazer estragos e planos. Levar-te para bem longe, onde ninguém nos possa encontrar. Abraçar-te em secreto leito. Onde a dúvida e o medo não consigam nunca entrar. És a minha luz, a minha bússola. A praia onde desejo naufragar.

(...)

(Falta um final... Tenta acabá-lo)

A época de todos os medos



Depois de ter lido o post do meu amigo lasanha sobre esse real flagelo que nos afecta a todos, os foguetes, lembrei-me de outra coisa que também me atormenta a cabeça nesta época festiva: os gigantones ou cabeçudos.
Mas que raio é aquilo?!? Quem é que se lembrou de pôr uns gajos vestidos com uns fatos de 5 metros de altura a dançar pela rua fora ao som de uma batucada (ensurdecedora!) de tambores?!? Era suposto animar o pessoal ou quê? Bem, eu estou praqui a falar mas eu tenho, desde miúdo, um medo desgraçado destes gigantones. Até tremo quando ouço o som daqueles tambores ao fundo da rua e aqueles bichos sem expressão a contorcerem-se como se a música fosse altamente apelativa.

Tum-tum-tum.....Tum.....Tum-tum-tum. Até já tive pesadelos com este ritmo... Parece a banda do inferno a anunciar o fim do mundo. E ninguém me tira da cabeça que aqueles monstros enormes são demónios que quando o cortejo acaba andam por aí a raptar criancinhas e a empurrar velhotas para o meio do trânsito. E a polícia não faz nada!!! Quer dizer... duvido que existam celas de 5 metros nas esquadras capazes de albergar estes meliantes. Deve ser por isso que ainda andam à solta...

P.S.- Não é para alimentar a teoria da conspiração, mas os pássaros também me fazem uma certa confusão. Garras afiadas, olhos esbugalhados, penas, bicos pontiagudos e um andar ameaçador e incerto... Hmmmm... Rasiparta os bichos!!! Deus devia estar muito pouco inspirado quando se lembrou de os criar. Principalmente as galinhas!!! Haverá animal com olhar mais assustador?? Ainda bem que existem pinguins para salvar a honra dos pássaros (lol). Esses sim são de confiança ;)
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sexta-feira, junho 10, 2005

Foge de mim

Não estou no meu estado normal. Eu não sou eu. Há muito que a sanidade mental me deixou. Vivo agora num sonho agitado. Afogado em olhares dispersos e rumores distantes da multidão que me sufoca. Sinto a distância. Sinto o peso da consciência. Amar é o meu crime. E as paredes da minha cela fecham-se sobre mim a cada minuto que passa. Sou perigoso. Distante. Inconsciente.

Eu sou a estrada sem fim. Sou a estrela que foge da lua. O negro anjo caído em desgraça. O lobo que rasga a escuridão e a liberdade que nunca chegou a ser tua. Sou o mar rebelde em noites de tempestade. Sou o céu cinzento em dias de nevoeiro. A guitarra que chora por um amor descontente. O vento frio que sopra por entre ondas de melancolia e o cão demente, raivoso e traiçoeiro.

Observo o espelho que colocaram defronte da minha face. Procuro nele a razão para não ser quem sou. Inconformado. Liberto. Caótico. Não me encontro. Não me revejo em mim próprio. Não me conheço. Perdi-me há muito numa ideia incerta de alguém que já não chora. Enquanto a minha sombra corre em direcção a um mar de navios naufragados, destruídos, divorciados de qualquer redenção.

Por isso corre agora! Vai para bem longe de mim. Foge desta insensível imagem que construí para mim. Procura refúgio nos braços de um anjo sereno e imortal. Que te ofereça abrigo. Que te faça sonhar. E chorar. Por ele. De alegria. De felicidade. Procura o céu azul. O paraíso. O jardim do Éden. Onde possas ser feliz. Onde possas ser tu própria. Onde o medo e a tristeza não te encontrem.

Foge deste anjo caído. Foge da verdade que não te contei. Foge da realidade em que me deixei cair um dia. Liberta-te de um sentimento que nunca chegou a aprisionar-te. Deixa-me sonhar com o beijo que não cheguei a oferecer-te. Com o céu azul em que sonhava cobrir-te. E diz-me que és feliz. Tão feliz. Sem mim...

quinta-feira, junho 09, 2005

Porquê...?



Porque não sais da minha cabeça? Porque sou constantemente invadido pela melancolia da tua memória? Porque transporto comigo a tua imagem no pensamento? Porque desejo que um dia faças ainda parte da minha história?

Porque te quero eu tão ardentemente? Como nasceu este desejo que não deixa de me assombrar? Que circunstâncias e acontecimentos te trouxeram até mim, mas que ao mesmo tempo te fizeram tão difícil de alcançar?

Porque lês as minhas palavras? Que prazer e que satisfação levam elas até ti? Palavras que são apenas o reflexo de uma alma em chamas. Uma alma que não repousa desde aquele primeiro momento em que te vi.

Que sentimento é este chegado num momento de serenidade? Que ideias, ondas e navios arrastou ele consigo? Porque espero agora que me olhes com amor e ternura? Mas que tormentos e desejos são estes que dormem agora comigo?

Que poema é este escrito em triste momento da tua ausência? Que palavras são estas que teimam em não deixar a minha mente? Que territórios e reinos longínquos terei eu de conquistar para te ter? Que fogo é este que arde? Que arde mas não se sente.

Porque não percebes que és tu que quero? Porque percorres o meu olhar tão distante, tão indiferente? Porque fujo da tua presença, quando a única coisa que quero é a tua companhia? Não agora. Não depois. Mas para sempre.

Não te colocarei mais nenhuma pergunta. Não te atormentarei com as dúvidas do meu mundo. Tenho a certeza de que não queres responder. E o que sinto agora por ti é muito mais profundo...

(A pior coisa que já escrevi, mas ao mesmo tempo a mais sincera... estranho...)
Posted by Hello

Insulto "boomerang"

Hoje descobri um novo tipo de insulto. O insulto "boomerang". Permite insultar outra pessoa e ao mesmo tempo insultar-nos a nós próprios. Não é que seja uma boa filosofia, mas pronto...

A sério!!! Senão reparem: "...prá p**** que pariu aquele c****** mal criado...".

Ai... como eu aprecio as gentes da Ribeira....

Be my wife (I can't ask you that...)

Sometimes you get so lonely
Sometimes you get nowhere
I've lived all over the world
I've left every place

Please be mine
Share my life
Stay with me
Be my wife

("Be my wife" - David Bowie)



I know you. And you know me. But you don't know that it's you I want. I'm letting you go. Because I'll be leaving soon. And I don't want you to cry for me. I'm not worthy... But I love you. And I want you to remember it...

Posted by Hello

quarta-feira, junho 08, 2005

Really Devilish


Já cá faltava algo realmente "Devilish". James Hetfield no seu melhor. Mas já começo a ficar farto de publicar no blog. Tenho que deixar este vício...Logo se vê.
Posted by Hello

Quero-te...

Dá-me a tua mão. Sente a palidez da minha pele. Encontra em mim o último fôlego de uma vida presa à imaginação. Deixa-me admirar o brilho dos olhos que correm no rio da minha alma. Deixa que a mentira que não conto se torne na mais pura das verdades. E que essa verdade te embale para sempre num leito onde um dia te visitarei.

Dá-me o teu olhar. O olhar que percorre a minha imaginação desde o momento em que me conheci. O olhar que procuro por entre os rostos fechados da multidão. Deixa-me render à minha condição de mero mortal. Deixa que as minhas fundações sejam abaladas, destroçadas perante a promessa fugidia de um beijo que teima em não chegar.

Dá-me as tuas palavras. Serenas, plenas de doçura e imaginação. Deixa que sejam os degraus do castelo que protege a união das nossas almas. A torre onde me elevo, onde procuro alcançar o infinito. As minhas emoções e o leito onde desejo repousar.

Dá-me a tua boca. A boca que me acalma em noites de tempestade. O mar que me embala numa eterna canção de amor e saudade. Leio os teu lábios perdendo-me num labirinto de sensações. Não encontro o caminho de volta. Nem quero encontrar. Quero perder-me eternamente na tua doçura. Para sempre. Para nunca mais voltar.

Dá-me o teu coração. Une o teu peito no meu. Sente o meu coração bater bem alto. Tão alto. Em uníssono com o teu. Deixa-me acordar a teu lado. Saber que a minha vida tem um rumo. Saber que há um sentido no longo caminho de histórias e amores fugidios que percorri. Saber que não foi tudo em vão. Que foi trilhado apenas para chegar a ti.

Estaremos juntos numa noite de Verão, quando a lua brilhar bem lá no alto. Sorrindo. Só para nós. E contaremos as estrelas que brincam no céu. Uma por uma. Até que o sol as chame de volta para o seu colo. E nesse momento beberei o mel que corre nos teus lábios. Num beijo eterno, abençoado pelas ondas do mar que nos cobrirão no seu manto de amor e desejo...

Posted by Hello

terça-feira, junho 07, 2005

Don't wanna miss a thing

I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you is a moment I treasure

Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream would never do
I'd still miss you baby
And I don't wanna miss a thing

Laying close to you
Feeling your heart beating
And I'm wondering what you're dreaming
Wondering if it's me you're seeing
Then I kiss your eyes
And thank God we're together
I just want to stay with you in this moment forever
Forever and ever

I don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream would never do
I'd still miss you baby
And I don't wanna miss a thing

I don't wanna miss one smile
I don't wanna miss one kiss
And I just wanna be with you
Right here with you just like this
I just wanna hold you close
I feel your heart so close to mine
And just stay here in this moment for all the rest of time

Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream would never do
I'd still miss you baby
And I don't wanna miss a thing

("Don't wanna miss a thing" - Aerosmith)

Because there are some things you just can't help feeling...

Festival de Artes de Singapura


Cena da dança composta pelo artista visual austriaco Klaus Obermaier durante o Festival das Artes de Singapura
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segunda-feira, junho 06, 2005

Sentimento lateral

Lento o pensamento
Orgulhosa a espera
Volátil o discernimento
Esporádica a quimera

Único o alento

Alegre a esperança
Mágico o sentimento
Ordinária a desconfiança
-
Tirânico o desespero
Esperando sempre se alcança...

No Bowie, No stones


E lá fiquei eu a saber que David Bowie não irá mesmo participar no Live 8. Motivo: não tem uma banda de suporte. Mas que aconteceu ao Mike Garson, ao Earl Slick, ao Sterling Campbell (grande baterista) ou à Gail Ann Dorsey?? Nem o amigo Brian Eno que dar uma ajudinha?? Que desconsideração...

Mas não há problema. Se precisares estou cá eu e mais alguns para te dar uma mãozinha. Tens é que arranjar umas guitarras (só aceito Fender ou Gibson lol). Bem sei que não estou ao teu nível spaceboy, mas a cavalo dado não se olha o dente ;)

E parece que os Rolling Stones declinaram mesmo o convite para participar no evento. Segundo o porta-voz dos Stones, Bernard Doherty, e um dos organizadores do Live 8, Mick Jagger recusou, argumentando que a banda está a ensaiar a digressão mundial que inicia nos EUA este Verão. Lá teremos nós que nos contentar com U2, Queen (sem Freddie Mercury...), R.E.M., Jamiroquai ou Placebo. Digam que é mau!!!

Já agora pessoal, o cartaz ainda não está fechado. Digam lá que bandas gostavam ainda de ver no Live 8. Quem acertar nos que vão ser escolhidos ganha uma viagem a uma das cidades onde o evento se vai realizar. Ou então não... ;)

P.S.- Por mim fazia a viagem entre Londres e Paris no mesmo dia. Deixem-me sonhar...

Posted by Hello

Música para bebés

Ora bem. Lembrei-me agora de uma coisa estranha que vi no outro dia. Mais concretamente no último dia da criança (não percebo muito bem porque é que os miúdos recebem prendas neste dia mas pronto... deve ser dor de cotovelo a falar por mim por não haver um dia do adulto). E ia eu a caminho da estação para apanhar o comboio (obviamente...) quando, ao passar em frente à Câmara Municipal, me deparo com uma concentração enorme de miúdos das pré-primárias. Até pensei que era uma espécie de Rock in Rio em miniatura, mas afinal não. Parece que a Câmara estava a promover uma série de iniciativa para as criancinhas espinhenses; para as entreter para ver se elas não andam por aí a partir vidros com bolas nem a aprender a fazer cocktails molotov. Tudo bem certo? Errado!

Tudo muito giro, muito animado, até havia umas colunas para os miúdos ouvirem música, género "Batatoon" e outras coisas estupidificantes. Era o que se esperava não era? Mas não. A música que o DJ Infante Til colocou a tocar não era nem mais nem menos do que "Rugas...começam-me a nascer as primeiras rugas...". E pensei eu "Ora aí está uma canção que encaixa mesmo bem no dia da criança". É que, como se sabe, o que não falta nas carinhas risonhas das crianças portuguesas são rugas, portanto, devem-se ter identificado bastante com a musiquinha. Mas podia ter sido pior. Podiam ter-se lembrado de pôr a tocar aquela fantástica da Romana "Continuas chamando-me assim, bebé. Não aceitas nem queres aceitar que já sou uma mulher". Coitaditos... Não é fácil ser-se criança em Portugal...

domingo, junho 05, 2005

Desert Rose

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in pain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of fire
These dreams are tied to a horse that will never tire
And in the flames
Her shadows play in the shape of a man’s desire

This desert rose
Each of her veils, a secret promise
This desert flower
No sweet perfume ever tortured me more than this

And as she turns
This way she moves in the logic of all my dreams
This fire burns
I realise that nothing’s as it seems

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in pain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of rain
I lift my gaze to empty skies above
I close my eyes, this rare perfume
Is the sweetest intoxication of her love

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in pain
I dream of love as time runs through my hand

Sweet desert rose
Each of her veils, a secret promise
This desert flower
No sweet perfume ever tortured me more than this

Sweet desert rose
This memory of Eden haunts us all
This desert flower, this rare perfume
Is the sweetest intoxication of the fall

("Desert Rose" – Sting)

Live Aid is Alive

É verdade. O Festival de Bob Geldof que tanto sucesso conseguiu nos anos 80 (era eu uma criança) está de volta. Depois de ter reunido nomes como Queen, David Bowie ou U2, Live Aid muda o nome para Live 8 (por se realizar pouco antes da reunião do G8) e realiza-se a 2 de Julho em simultâneo em cinco cidades diferentes. Londres, Philadelphia (prefiro escrever em inglês, talvez pela minha predilecção pela NBA), Paris, Berlim e Roma. O cartaz parece-me bem conseguido até ao momento, mas julguem por vocês mesmos:

Londres, Hyde Park: Coldplay, Madonna, Paul McCartney, R.E.M. e U2
Filadélfia, Museu de Arte: Will Smith, Bon Jovi, Dave Matthews Band, Stevie Wonder e P. Diddy
Berlim, Brandenburg Gate: Crosby, Stills and Nash, Lauryn Hill e Brian Wilson
Paris, Torre Eiffel: Jamiroquai, Youssou N'Dour, Yannick Noah e Placebo
Roma, Circus Maximus: Duran Duran

Também já ouvi dizer por aí que os Rolling Stones foram convidados, mas que ainda não são dados como garantidos. A ver vamos. Outra curiosidade. O concerto dos Queen no Estádio do Restelo realiza-se no mesmo dia que o Live 8. No entanto, a actuação dos britânicos terá transmissão em directo por satélite, presumivelmente para Londres, para que a banda possa voltar a participar na iniciativa. Recorde-se que os Queen abriram o Live Aid em 1985 em Wembley quando Freddie Mercury era ainda vocalista da banda. E que saudades nós temos Freddie...

Diz-se ainda que Madonna e Sting estarão a combinar fazer um dueto, encontrando-se neste momento ainda a tentar chegar a um acordo quanto à canção que irão interpretar. Ao que parece é provável que a canção escolhida seja "Imagine" de John Lennon ou uma outra dos Beatles. Por mim acho engraçado se escolhessem "Lady Madonna" mas isto sou eu a imaginar...

PS – Para quem não percebeu isto não é uma notícia. Sou apenas eu a escrever sobre e como me dá na real gana. Críticas só construtivas s.f.f.

Serei eu o mesmo?

Serei eu o mesmo? Quando partir rumo ao desconhecido. Quando deixar o teu olhar abandonado numa quente noite de Verão. Quando te dirigires a mim apenas como amigo. Quando não fores para mim nada mais que uma velha canção.

Serei eu o mesmo? Quando o teu olhar deixar a minha vida. Quando a noite turvar a minha memória. Quando o vento levar para sempre o teu sorriso. Quando a saudade deixar de contar a nossa história.

Sabes que te amo enquanto escrevo? Sabes que lição tirar de um amor que não se vê? Sabes que desejo tenho eu escondido? Sabes quem sou, para onde vou e porquê?

Sabes que anseio pelas tuas doces palavras? Sabes que te procuro sem mostrar quem sou? Sabes que tímido me escondo do teu olhar? Sabes que sou aquele que te ama e aquele que nunca te amou?

Sigo escondido os teus passos. Sem nunca te mostrar o que sinto. O fogo que espera arder na minha boca. Enquanto penso dizer "Não te amo". Não posso. Minto.

Serei eu o mesmo? Quando finalmente te revelar a minha afeição. Quando aceitar o meu destino, o meu fado. Quando os nossos caminhos se unirem, mesmo que numa breve e doce ilusão.

Sabes quem sou? Conheces o meu nome, o meu rosto, a minha forma de andar? Choras por mim no fundo da noite, enquanto o teu rosto se empalidece com o brilho do luar? Conheces de cor o meu riso, o meu olhar triste na multidão? Conheces aqueles que amo, os meus tesouros e a forma do meu coração?

Mesmo que não me conheças. Mesmo que o meu amor nunca me peças. Mesmo que o muro da indiferença nos separe. Mesmo que a minha ferida sangre e não pare. Mesmo que eu não seja o anjo por quem oras. Mesmo que eu não seja o amante por quem choras.

Sou aquele que te chama quando a dor se torna maior. Sou o cavaleiro que te leva num sonho doce e indolor. Sou o príncipe de uma qualquer história de encantar. Sou o lobo que por ti deixaria de uivar. Sou o livro e o poema que agora lês. Sou aquele que te ama mas que tu não vês.

Sou o poema escrito e lido à pressa. Sou o amante que te deseja mas que nunca o confessa. Sou a personagem que chora sozinha no meio de um palco. Sou o louco que corre para ti gritando o teu nome bem alto. Sou o mar rebelde que cobre a terra de sonhos. Sou o poeta sincero que ama e venera os teus olhos.

sábado, junho 04, 2005

JPN: Uma aventura no Minho

E cá estamos nós de volta. A redacção do JPN (ou a maior parte dela...) esteve durante quinta e sexta (2 e 3 Junho) na Universidade do Minho para assistir às Jornadas promovidas pela instituição relativas ao tema "10 anos de jornalismo digital em Portugal". Caramba... contactamos todos os dias com este tipo de jornalismo... não podíamos deixar de ir!!! Para além disso era uma óptima desculpa para estarmos dois dias longe do portal... mas isto não era para dizer...

E aprendemos tanta coisa... Nomeadamente que o João Canavilhas é um grande cromo!!! Ora vejam lá, que disse que é importante os cursos de jornalismo e de comunicação terem as 3 vertentes – jornalismo + design + multimédia (até aqui tudo bem) – mas que, não existe em Portugal nenhum desse género... Ora bem... nós até pensamos oferecer-lhe um bilhete de comboio para vir ao Porto conhecer LJCC, mas depois de aturadíssima deliberação chegamos à conclusão de que não vale a pena perder tempo (e muito menos gastar 1, 85€) com cromos desta natureza. Mas é um facto, ele e o António Granado são dois "nerds" no que toca ao jornalismo digital. Parece que não têm mais nenhum interesse na vida. Que pena que eu tenho...

Em contraponto, tiveram que ser os oradores estrangeiros (e cabeças de cartaz por algum motivo, diga-se de passagem) a salvar a sanidade mental dos espectadores e a manter o interesse em estar duas horas num salão de conferências enorme, muito bonito, mas sem ar condicionado... Ramón Salaverría, professor da Universidade de Navarra. Não sabem quem é? Eu também não sabia, mas fiquei a adorar o homem. Para além de saber do que fala (de outra forma não teria sido convidado, obviamente...) é bastante simpático. Depois da apresentação que fizeram do trabalho dele disse "Esqueceu-se de referir que tenho uma filha de 2 anos, o que também dá muito trabalho...". Gargalhada geral na plateia que ficou desde logo conquistada. Para nós foi o mote para acordar, já que estávamos de ressaca da longaaaaaaa noite anterior.. Mas isso agora não interessa nada... Salaverría disse que, no futuro, a internet irá criar uma simbiose com a rádio e a tv , originando a crise da imprensa. Isto, para quem como eu está a pensar fazer carreira no "jornalismo no papel" não é uma boa notícia... Disse ainda que a internet não proporcionou a interactividade desejada entre os jornalistas e o público. Por isso pessoal, é favor começarem a escrever comentários no JPN para contrariarmos esta tendência ;)

Já antes o professor Rosental Calmon Alves, grande jornalista brasileiro e um dos pioneiros do jornalismo digital no Brasil lançou o apelo aos estudantes de jornalismo: "Explorem a capacidade de se adaptar às mudanças. Aproveitem para se formar aprendendo a aprender. Outra coisa essencial é perder o medo da tecnologia. O computador é fundamental na vida". Más notícias pessoal, saber usar o Dreamweaver, o Quarkx, etc, saber fazer bases de dados e todas essas coisas que nós tanto "adoramos" vão ser mesmo necessárias no futuro... Para além disso, também diz que a imprensa tem um futuro incerto... Ou seja, dediquem-se mais ao jornalismo digital. Parece que é mesmo o futuro.

No que respeita ao nosso curso, grande desilusão... O "nosso" Hélder Bastos, na sua apresentação limitou-se a ler um textinho não-sei-de-quem e revelou pouco à vontade para discursar perante uma grande plateia... Por outro lado, momento hilariante entre nós. Durante uma das conferências o Sérgio Nunes enviou online uma pergunta para os oradores (não interessa qual era a pergunta até porque não me lembro...) e o responsável por transmitir as perguntas disse "o aluno da Universidade do Porto, Sérgio Nunes pergunta...". Escusado será dizer que não conseguimos conter o riso e que ninguém na sala percebeu porquê. Até que o Zamith esclareceu os participantes de que não se tratava de um aluno, mas de um professor. Tudo revelado, portanto. Além disso recebemos no final das jornadas um agradecimento especial por sermos os únicos alunos do Porto que se deslocaram a Braga para assistir às palestras. E merecemos!!! Se não fossemos nós a sala estava sempre às moscas. Parece que os alunos de Comunicação do Minho não se interessam muito por este tipo de coisas... Só lá estavam praí uns seis ou setes presentes. Enfim...

E a Universidade do Minho é fantástica. Enorme, excelentes condições... Imaginem todos os cursos da Universidade do Porto unidos num só local. Brutal!! Além disso, é difícil encontrar mulheres feias naquela universidade... É "show de bola" mesmo. Até pensei em ficar por lá... Mas depois lembrei-me que LJCC também tem muitaaaaas mulheres lindas. Estou a lembrar-me de um ou dois exemplos mas não posso referir nomes... Descubram por vocês próprios a quem me refiro. Adiante.

Para além de tudo, esta viagem serviu também para o pessoal do portal se ficar a conhecer um pouco melhor. Passamos bons momentos juntos, a tentar descobrir onde era o hotel (os bracarenses não sabem dar indicações...), à procura de um restaurante aberto às 22h30, nos copos no Campo das Vinhas, à espera dos autocarros que pareciam nunca chegar, na conversa às tantas da manhã, o Pedro a roubar a minha parte dos lençóis a noite toda, o Hugo a revelar os meus segredos do passado e a Agostinha a pegar comigo constantemente por causa disso...

Enfim, uma viagem perfeita. Obrigado ao Hugo, ao Pedro, à Agostinha, à Andreia, à Letícia, à Mariana, à Anabela, ao Gonzaga, ao Carlos, à Milene, ao Rios, ao Candeias, ao Zamith, ao Luís Santos, ao Joaquim Fidalgo e a todos os que nos proporcionaram uma estadia fantástica na cidade dos arcebispos. Agora temos encontro marcado para 2015 para as jornadas "20 anos de jornalismo digital em Portugal". O pessoal de LJCC que não foi desta vez está convidado a vir connosco. Não se vão arrepender ;)

sexta-feira, junho 03, 2005

Saúdo os imortais

Saúdo os imortais. Observo-os enquanto vagueiam pelos becos e avenidas da sua própria insanidade. Contorcem-se e movem-se alegremente. Observo-os e julgo-os do cimo do meu trono. O breu que cobre os tortuosos caminhos da mente não é suficiente para os fazer desaparecer. Novas descobertas são feitas, novos feitos são revelados. "Parar é morrer", diziam eles. Mas morrer será sempre uma opção...

Acredito na cegueira. Acredito no novo método para amar sem amanhã. Acredito num mundo onde nada é credível, onde os sentimentos palpitam sem dono ou convicção. Sereno, cegado pela ignorância. Escondendo movimentos bruscos em jaulas de quatro paredes. Sereias sedentas, anjos caídos em desgraça. Tão sinistro, tão limitado. Tão decadentemente moderno.

Que pecado tão assustadoramente real. Escolher um caminho nem sempre é fácil. Ser levado por outro é ainda pior. Ébrio ou sóbrio? Em nenhum momento encontramos resposta. Só uma acumulação eterna de dúvidas que teimam em não deixar de nos seguir. Bebamos para festejar o regresso da consciência. E deixemo-nos acordar de uma ressaca de sentimentos alheios. Esqueçamos que estamos vivos. Esqueçamos o nosso nome. Esqueçamos os inocentes sorrisos. Num mundo que se contorce. Num mundo que não dorme.

E com ele me deito. Deixo-me guiar pelo espírito inerte de uma morada em ruínas. Sigo a luz salvadora de uma chama que me aprisiona. E sinto-me cada vez mais longe. Longe do tempo, de um tempo que nunca chegou a ser meu. Sinto-me desvanecer, perecer numa praia de ondas perdidas. Imortal? Nunca um conceito chegou a ser tão pérfido, tão banal. E agora deixem-me dormir. Esqueçam o sonho em que mergulhei e do qual não penso acordar. Quero ficar aqui, e só aqui me podem encontrar. Mas não procurem. Estou ausente, coberto pelo brilho deste intenso luar.

Esqueçamos o nosso destino. Esqueçamos os imortais. Esqueçamos a sua história. Esqueçamos que, apesar de tudo, somos simples e puros animais...