As mãos dos amantes
“[...] e fazíamos a dança serena e harmoniosa de duas mãos unidas numa só, dois braços fundindo-se num mesmo toque... sentindo o corpo todo vibrar com tamanha e esfuziante sensação e ao mesmo tempo tão tranquila e tão envolvente de paz... [...]
[...] (Apesar de toda e qualquer dúvida que possa ter, permanece no tempo uma certeza inquestionável: AMO-TE e sei-o tão claro como a pureza de um dia que volta a nascer, após ter sido embalado nos braços da noite, sua amante...) [...]
[...] embala-me, então, nos teus braços para que, também eu, possa renascer na manhã que se avizinha, como um dia puro e claro... sem vestígios das cinzentas nuvens da incerteza que teimam em apoderar-se de tudo o que em mim é feliz!”